Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Guarda Municipal trocou guarda fixa por rondas motorizadas
Relatos de depredações e até mesmo um apedrejamento têm gerado a sensação de insegurança dentro do Cemitério Ecumênico Municipal. Até então, um ou dois servidores da Guarda Municipal faziam a segurança em uma guarita que fica próxima à entrada pela Avenida Liberdade. A nova estratégia da instituição é manter uma dupla para realizar a ronda motorizada no entorno do Cemitério, do Pronto-Atendimento (PA) do Patronato, na Praça do Mallet e Lar de Mirian, que também deve perder a guarda fixa.
Moradores da Vila Natal vão à prefeitura para discutir muro que faz divisa com a Vila Noal
Um dos relatos de violência ocorreu na última quinta-feira, há uma semana. Daniela Rossi Mussoi, 64 anos, foi com a tia de 71 anos ao cemitério e teve o carro apedrejado. De acordo com ela, as duas tinham ido visitar túmulos de parentes e de Mariazinha Penna, a santa popular que atrai centenas de devotos ao local.
- Descemos do carro e havia três jovens. Ela (a tia) estava com o celular na mão. Eles vieram, acho que para tomar o celular. A gente correu, entrou no carro e, quando a gente entrou, eles apedrejaram o veículo - conta.
Já o construtor Juliano Rocha Feltrin, 36 anos, se deparou com uma cena de depredação no túmulo da família, no último sábado. Segundo ele, uma das janelas foi quebrada, uma das argolas e um cruscifixo foram arrancados e a tampa do túmulo foi danificada. Feltrin disse que contatou a administração do cemitério e foi informado que a decisão pelo fim da vigilância foi da Guarda Municipal.
- Fizemos o orçamento para fazer os consertos, e o valor chega a R$ 1,5 mil. Fiz o registro da ocorrência na polícia e vou pedir indenização na Justiça pelo prejuízo. Daqui há pouco, pode acontecer coisa pior, um assalto ou um estupro ali - reclama.
Prefeitura de Santa Maria começa a calcular novo valor da passagem de ônibus
A reportagem do Diário foi até o local e conversou com visitantes. O militar Marcelo Silveira, 35 anos, ia com a mãe até o túmulo do pai e relatou que não se sentia seguro no local. A mãe dele, que preferiu não se identificar, disse que uma vez foi abordada por jovens que pediram dinheiro e que não ia mais sozinha ao jazigo. Outro homem, que pediu para não ser identificado, disse que a parte interna do cemitério dificilmente tem guarda e que soube de vários casos de depredação e assalto no endereço.
NOVA ESTRATÉGIA
De acordo com o superintendente da Guarda Municipal, Sandro Nunes, a mudança faz parte de uma reestruturação da Guarda Municipal. A intenção é de melhorar a efetividade da segurança no local. Além disso, o cargo de guarda vigilante está em extinção. Hoje, a Guarda possui apenas 19 guardas desse tipo.
- Do jeito que o cemitério está hoje, não dá para continuar. Não somos uma guarda armada e, por isso, temos que pensar na segurança do agente. Um guarda entrava para lá e nem saía, porque ou estava sozinho, ou não estava armado. Então, que segurança ele vai fazer lá? Um guarda, sozinho, a pé, não cobre a segurança lá. É uma área muito grande. Nem dois cobrem. O cemitério é todo aberto na parte de trás. Uma viatura ali fica muito mais fácil de impedir as pessoas de danificarem e tem condições de cobrir uma área bem maior - justifica.
Audiências por meio digital podem gerar economia de R$ 500 por preso
O superintendente da Guarda disse ainda que não foi informado das ocorrências relatadas e que as pessoas que precisarem podem acionar a Sala de Operações da Guarda pelo telefone 153. Através do canal, a guarnição despacha a viatura mais próxima do local onde está acontecendo a ocorrência.